Boletins, vacinação, alertas sobre contágio e pedidos para que a população não se aglomere dominaram a rede social do Município no primeiro mês da nova administração
Os responsáveis pela página oficial da Prefeitura de Passo Fundo no Facebook realizaram 97 postagens em janeiro, mês de estreia do novo prefeito, Pedro Almeida.
Destas, 63 foram sobre a pandemia. Boletins diários sobre casos e mortes, apelos para que a população respeite as recomendações tradicionais (uso de máscara, lavar as mãos e não aglomerar) e muitas informações sobre o dia a dia da vacinação foram exibidas para a audiência em cards, textos e vídeos.
Página da Prefeitura no Facebook: Coronavírus até na capa.
Algumas amenidades (foram 7) como fotos da cidade ajudaram a manter a página nos feeds dos passo-fundenses. As tradicionais divulgações de promessas e status das obras do município (10) e programas de governo (7) destacaram-se no saldo das postagens.
Os 15 posts com mais reações na página.
O post de anúncio do novo Ecoponto foi o mais destacado no período, com 600 reações e 360 compartilhamentos, seguido por duas atualizações sobre vacinas (585 reações, 268 compartilhamentos e 578 reações, 63 compartilhamentos).
Poderia ser melhor
A Prefeitura não possui um site padrão de mercado para exibição de dados ao cidadão, mas poderia fazer melhor com os recursos que possui, publicando gráficos mostrando a evolução diária dos casos, hospitalizações e mortes causadas pela pandemia. Existe apenas a visão “do dia” nos boletins.
Site preterido
O próprio site da Prefeitura, que mantém uma seção de notícias, não aparece como conteúdo no Facebook. Os gestores preferem em alguns casos postar uma imagem e colar o texto criado pela comunicação em anexo. O problema da presença digital do Município na internet atravessou a década e até hoje não foi resolvido.
Falta empenho
Segundo a transparência do Facebook, 17 pessoas possuem acesso para administrar, analisar ou postar na página da Prefeitura de Passo Fundo. Uma equipe enorme.
Apesar da grande equipe de comunicação montada nas administrações Luciano Azevedo e mantida no seu cerne com Pedro Almeida – além do gordo contrato com agência de publicidade para suporte – a Prefeitura até hoje é deficiente nas redes sociais e não consegue produzir conteúdo além do básico, ainda presa no modelo de releases para a imprensa e a terceirização do engajamento. É mais fácil encontrar um cidadão insatisfeito gritando em caixa alta nos canais das rádios amigas. Um verdadeiro firewall.
No final da história, em termos de criação de conteúdo, parece que a pandemia até ajudou.
A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade. Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo
A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.
Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.
Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?
Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.
Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas
Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.
Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).
Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.
“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.
Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.
Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.
O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural
Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.
A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.
A Constituição Federal não foi rasgada.
Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.
Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?
Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.
Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link: