Sabemos que a máscara já se tornou uma imposição. Google não perde as datas especiais para reforçar elementos de engenharia social
Desde que a história da pandemia começou a ganhar coro em todos os meios midiáticos, o uso de máscara foi adotado imediatamente para que, segundo especialistas, a disseminação do vírus fosse contida. Meses se passaram e já ninguém mais consegue circular pelas ruas sem máscara sem que seja alvo de olhares inquisitivos. Entrar em qualquer estabelecimento comercial sem “o pano na cara”, nem pensar.
É sabido que o Google é o mecanismo de pesquisa mais usual nos dias de hoje. A cada vez que digitamos “www.google.com.br”, aparecerá a imagem do site com a homenagem do dia. Dia Internacional da Mulher, Dia da Consciência Negra, Dia Internacional do Orgulho LGBT são datas que já não podem passar batida não só pelo Google, mas de qualquer influencer ou artista que goste de posar de engajado socialmente. Hoje, no dia 10 de março de 2021, a homenagem do Google vai para o 142º aniversário do epidemiologista chinês-malaio Dr. Wu Lien-teh, que inventou uma cobertura cirúrgica para o rosto, amplamente considerada a precursora da máscara N95.
Wu Lien-teh nasceu em 10 de março de 1879 e faleceu aos 80 anos em 21 de janeiro de 1960. Ficou conhecido por seu trabalho em saúde pública e particularmente sua contribuição no combate da praga da Manchúria de 1910-1911. Além disso, Wu foi o primeiro estudante de medicina de ascendência chinesa a estudar na Universidade de Cambridge. No inverno de 1910, Wu recebeu instruções do Ministério das Relações Exteriores para viajar a Harbin para investigar uma doença desconhecida que matou 99,9% de suas vítimas. Este foi o início do surto da peste pneumônica da Manchúria e da Mongólia, que causou a morte de 63 mil vítimas. Wu conseguiu realizar uma autópsia em uma mulher japonesa que morreu da peste. Ele verificado por meio da autópsia que a peste estava se espalhando pelo ar.
Em sua página do Doogle, o Google prestou a seguinte homenagem:
“Defensor e praticante dedicado dos avanços médicos, os esforços de Wu mudaram não apenas a saúde pública na China, mas em todo o mundo. Feliz aniversário para o homem por trás da máscara, Dr. Wu Lien-teh!”
Aproveitando a deixa, aproveitou para conscientizar sobre a importância do uso de máscaras de proteção facial:
“Usar uma máscara. Salve vidas. Como o COVID-19 continua a impactar as comunidades em todo o mundo, ajude a interromper a propagação seguindo estas etapas”.
Após os primeiros meses de pandemia, até mesmo a Organização Mundial da Saúde já se posicionou com maior cautela em relação ao uso de máscara. No vídeo “Can masks protect against the new coronavirus infection?“, afirmou que usar uma máscara médica pode ajudar a limitar a propagação de algumas doenças respiratórias; no entanto, não é garantido que o uso de máscara isoladamente pare as infecções, e seu uso deve ser combinado com outras medidas preventivas. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, no vídeo “WHO Director-General Dr Tedros on updated guidance on the use of masks“, apontou que o uso da máscara não é necessário em todas as situações e nem por todas as pessoas.
Controvérsias à parte, o assunto pegou de tal forma que nem mesmo a OMS, diga o que diga, será capaz de voltar atrás (pelo menos a curto prazo) e reeducar a população mundial sobre uma bandeira por ela mesma hasteada. O Google segue a cartilha social, assim como as pessoas que circulam pelas ruas. Há alternativa para aqueles que não querem usar máscara? Antes tarde do que nunca, parabéns Dr. Wu Lien-teh!
De folha de pagamento até ajuda para grupos artísticos, muito dinheiro vai para a conta do vírus na cidade
Lá se vão quase 900 dias desde o primeiro caso de COVID-19 na cidade de Passo Fundo, mas o problema financeiro parece longe de acabar. A “Transparência COVID” da prefeitura aponta um gasto empenhado de R$ 7 milhões em 2022, até o dia 6 de setembro. Deste valor, foram pagos R$ 6,88 milhões.
A lista de beneficiados em 2022 com dinheiro público tem 260 nomes. Há pagamentos para empresas fornecedoras da saúde, como esperado, mas a maioria entrou como folha de pagamento (R$ 4,1 milhões). Passo Fundo ainda pagou R$ 800,00 para 203 pessoas a título de “Auxílio a Pessoas Físicas”, dentro de programas culturais em parceria com o governo do Rio Grande do Sul.
Acima: habilitação da Prefeitura de Passo Fundo em edital para cultura no governo do estado. Publicação do DOE completa, aqui.
Entidades tradicionalistas foram contempladas através da Lei 5564/2021, criadora do auxílio específico para o setor. A Lei do Executivo projetou um impacto financeiro de R$ 270 mil. As entidades receberam valores entre 5 e 20 mil Reais e precisam prestar contas das despesas autorizadas, que vão de pagamentos de aluguéis até despesas com instrutores.
Câmara aprovou
É bom lembrar que os gastos extras com dinheiro municipal passaram pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo, com aprovação. Tema delicado, mas que exige uma avaliação profunda da casa para que fiscalize a destinação dos recursos, prestação de contas e o real impacto no orçamento de Passo Fundo, seja para mais ou para menos: se a cidade ficará prejudicada por falta de recursos que foram aplicados nos auxílios ou se o gestor teve liberdade para realizar gastos – perante a folga – que não realizaria em tempos normais. Que aliás já são normais faz tempo para quem não ganha dinheiro público em época de eleição.
Listão
Direto da transparência da Prefeitura de Passo Fundo, a lista com as pessoas e entidades beneficiadas com auxílio ou que tiveram produtos ou serviços pagos na “Conta COVID” no ano de 2022 (até o dia 6/9). Acesse aqui o PDF.
Recentemente, o Ministério da Saúde brasileiro decretou o fim do estado de emergência sanitária nacional. Na tribuna, Rodinei Candeia (REPUBLICANOS) apontou os erros e acertos dos órgãos públicos durante a pandemia de Covid-19.
“Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias.” (Candeia)
Poucas semanas atrás, o prefeito de Passo Fundo Pedro Almeida se manifestou nas redes sociais acerca do uso obrigatório de máscaras na cidade. Na ocasião, disse que achava prudente a liberalização do uso em locais públicos, posteriomente promulgando decreto. Ocorre que muitas pessoas já não estavam usando máscara em locais públicos, embora muitos respeitassem as exigências relacionadas a ambientes fechados. Acabou sendo mais discurso do que uma ação efetiva sobre essa questão na cidade. Na prática, no entanto, muitos deram aquela interpretação lato sensu para o decreto, deixando até mesmo de usar máscaras em ambientes fechados.
Nesta história, é certo que alguns grupos, sobretudo aqueles que marcaram seu posicionamento “pró” tudo o que estava relacionado a covid e suas medidas autoritárias e restritivas, não deixaria o assunto por isso mesmo. E foi o que fez a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo.
Então a CDHPF protocolou ação civil pública, a fim de obrigar a população a voltar a utilizar máscaras. Na Sessão Plenária do dia 30 de março, o vereador Rodinei Candeia criticou a postura da entidade:
“Eu vejo que essas entidades que se dizem protetoras dos direitos humanos em verdade usam as suas posições para impor o entendimento verdadeiramente político-ideológico sobre o comportamento das pessoas, querendo sobrepor a competência que tem o Executivo Municipal para tratar dessas matérias”.
Veja, a seguir, o trecho em que o parlamentar trata do assunto na tribuna: