Redes Sociais do município publicaram vídeo mostrando o antes e depois de alguns moradores, na ação descrita como “regularização fundiária”
O grupo de pessoas que invadiu uma área da CORSAN, localizada no Bairro Zachia, em Passo Fundo, já pode dormir tranquilo: a prefeitura afirmou que vai regularizar as propriedades das cerca de 250 famílias.
Duas moradoras do local são personagens “da vida real” em um vídeo da prefeitura publicado dia 20 de dezembro no Facebook. Maristela Granville, uma das agraciadas, diz na peça:
“Nós não tinha luz, nós não tinha água pra beber. Agora a gente tem… não da forma que a gente queria, mas aos poucos as coisas estão se ajeitando, estão se organizando (…) eu não tinha opção. Ou eu pagava aluguel ou eu alimentava meus filhos. Pra nós, é o melhor Natal que vai existir na vida. Porque é o melhor presente que a gente ganhou, que a gente podia ter esperado.”.
O sofrimento da agraciada com um terreno na ocupação: Maristela, estrela escolhida pela prefeitura para dar o testemunho na peça publicitária, tem uma vida diferente nas redes sociais. Até viagem para as praias do Nordeste estão nas imagens. O critério socialista para “dar casa para quem precisa tirando o patrimônio de outro” parece ser bem elástico.
Como de praxe nestes casos, grupos organizados de invasores tomam conta de um local para fazer “justiça com as próprias mãos” para resolver o “problema do direito à moradia garantido na Constituição Federal”, onde começa então uma luta do bem (desabrigados) contra o mau (dono do terreno), geralmente intermediada por partidos de esquerda. Líderes são eleitos, acampamentos ganham nomes de pessoas históricas na esquerda e, algum tempo depois, o governo acaba entregando os lotes. Quando o proprietário consegue a reintegração de posse, outro evento: protestos contra a retirada viram notícia na TV.
O petista Edegar Pretto em Passo Fundo, no ano de 2017. Na faixa, palavras de ordem: “Chácara Bela Vista – Com luta, com garra, a casa sai na marra”.
As ditas “ocupações” de Passo Fundo – que são dezenas – são muito visitadas pela turma do PCdoB e até do PT. O atual pré-candidato do partido ao Governo RS Edegar Pretto também bateu ponto por aqui com promessas, em 2017. Naquela época, já dizia: “Essas áreas particulares que têm dono formal não cumprem com sua função social. Se tem pessoas sem terra e sem casa, existem terras sobrando. É obrigação do poder público agir e garantir, dentro da legalidade, a colocação desses trabalhadores”. O então deputado petista neste dia visitava a Bela Vista.
Pedro Almeida encerra este capítulo na “Ocupação 4 do Bairro Zachia” com ações que deixariam Guilherme Boulos com orgulho. Dá tempo de fazer a Ocupação 5 até a Páscoa? Com este incentivo, até 10.
A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade. Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo
A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.
Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.
Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?
Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.
Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas
Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.
Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).
Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.
“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.
Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.
Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.
O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural
Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.
A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.
A Constituição Federal não foi rasgada.
Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.
Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?
Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.
Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link: