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Armas: pelo menos uma chance de defesa

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A comunidade de Passo Fundo acompanhou há alguns dias o caso das três professoras septuagenárias que foram vítimas de um assalto cometido por dois criminosos que, além de agredi-las, roubaram o carro de uma delas. Durante a ação, uma das vítimas tentou sair do carro em movimento e foi alvejada na cabeça por um dos bandidos. Até o fechamento deste texto, ela permanecia em estado grave no hospital.

O fato chocou a cidade devido à brutalidade com que os assaltantes agiram, derrubando uma das vítimas, com mais de setenta anos, e desferindo um tiro contra outra. O crime leva a uma reflexão sobre o poder de reação das pessoas perante a ação dos bandidos. Afinal, deve-se ou não reagir? Como a vítima pode reagir diante de um assaltante armado se ela está em uma situação desfavorável?

O Estado, por meio de suas autoridades, desestimula a reação. O cidadão tem incutido em seu pensamento a premissa de que é normal perder tudo, sem a mínima possibilidade de defesa ou reação. Prova disso é a sanha governamental em retirar as armas das pessoas. Obviamente, somente os cidadãos de bem entregaram suas armas; os criminosos, por estarem à margem da lei, seguem armados. O resultado são os mais de 60 mil assassinatos por ano no país, nessa guerra civil em que apenas um lado está armado.

O excelente livro Mentiram para mim sobre o desarmamento (Flávio Quintela e Bene Barbosa, Vide Editorial) rebate de forma bastante compreensível os argumentos pró-desarmamento que perpassam os anos e analisa especialmente a realidade brasileira. A partir da leitura dessa obra conclui-se que, se houvesse uma pessoa de bem portando uma arma no momento do assalto às professoras, o desfecho da ação criminosa poderia ter sido diferente.

O livro cita em nove capítulos as mentiras mais utilizadas nas ações governamentais e na guerra cultural para que as pessoas abram mão de seu direito de defesa. O primeiro capítulo afirma que nenhum governo desarma seus cidadãos porque se preocupa com eles. A intenção por trás de tanta “bondade” é o intento de dominação para perpetuação no poder. Para dominar os outros, somente uma coisa é necessária: vantagem de força. Uma mulher, menos forte fisicamente, pode dominar um homem caso porte uma arma. Da mesma forma, um homem sozinho pode dominar um grupo caso tenha algo que o ponha em vantagem de força. Da mesma forma, a população armada tem mais força de reação perante um governo autoritário ou frente a um grupo de bandidos. Um exemplo clássico dessas premissas é a memorável derrota de Lampião em Mossoró, em 1927.

Outra mentira – essa muito propalada pela imprensa – é a de que armas matam. Obviamente, as armas não matam ninguém; quem mata ou deixa de matar é a pessoa. Fosse assim, também deveriam ser proibidos o porte de facas, pedras e bastões e a utilização de carros. As armas, assim como os outros objetos, servem para o bem ou para o mal e a decisão de como usá-las é do indivíduo e não do objeto inanimado.

Mais segurança sem armas. Será verdade?

Faz parte do discurso dos desarmamentistas que os países que restringem o porte de armas são mais seguros e o exemplo mais utilizado é o da Inglaterra que, após a Segunda Guerra Mundial, foi progressivamente retirando o direito de seus cidadãos andarem armados. Entretanto, estudos apontam que a taxa de crimes violentos na Inglaterra é maior do que nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos. No Brasil, após a vigência do Estatuto do Desarmamento, os índices de homicídios cresceram de 27 para cada 100 mil habitantes em 2004 para 29 para cada 100 mil habitantes em 2012. Em sentido inverso, países como a República Checa possuem 700 mil armas para uma população aproximada de 10 milhões de habitantes. O país é classificado pelo Escritório de Segurança Diplomática dos EUA como um dos mais seguros para turistas americanos, e registra queda no índice de crimes violentos nas últimas décadas.

Outro argumento que deve ser desmascarado é o de que as armas só servem para matar. Quem utiliza essa premissa não leva em conta que há dois tipos de usos de armas: de modo ofensivo e de modo defensivo. O uso ofensivo é o criminoso – e nem sempre é preciso que haja um disparo para que seja assim caracterizado. Já o uso defensivo, que poucas vezes é citado em coberturas jornalísticas, é a razão que leva uma pessoa de bem a desejar possuir uma arma.

Mortes acidentais

As armas de fogo também são taxadas como grandes responsáveis por mortes acidentais. Para desmentir essa afirmação basta pesquisar dados do Ministério da Saúde, através do Sistema de Informações Sobre Mortalidade. Os índices relacionados a crianças, entre 2003 e 2012, apontam que o que mais causa mortes acidentais são as ocorrências de trânsito, com 39,7% do total. As mortes causadas por armas de fogo figuram na oitava colocação, com 0,7%.  No caso de adultos, 62,5% desse tipo de mortes são oriundas de acidentes de trânsito. As decorrentes de acidentes com armas de fogo representam 1,4% do total. Os dados são de 2012.

Estatuto do Desarmamento não reduziu taxa de homicídios

O Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003 e regulamentado em 2004, não provocou diminuição no número de homicídios no Brasil, como previam os desarmamentistas. Em 2003 foram 51.043 casos; entre 2004 e 2007 os índices figuraram sempre abaixo dos 50 mil a cada ano; após 2008 foram registados aumentos nesse índice.

Fonte: http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2016/Mapa2016_armas_web.pdf

Em suma, a lei que diz proteger o cidadão não o protege, e sim acaba por tolher a sua liberdade, pelo menos a de defesa. A condição de ter acesso a uma arma fica restrita à discricionariedade de um agente do Estado, no caso a do delegado da Polícia Federal, que decide se o cidadão pode ou não possuir uma arma.

Abundam as redes sociais vídeos que mostram como os bandidos desistem de suas ações quando veem que a vítima – ou qualquer pessoa no entorno – possui uma arma de fogo. Esse é um dos motivos que proporcionam forte apelo popular à iniciativa que tramita no Congresso de revogar o Estatuto do Desarmamento. Defensores do desarmamento imaginam que sem as regulamentações da lei passaremos a viver em um faroeste, com pessoas andando pela rua ostentando seus arsenais. Não é nada disso. A intenção é de que o cidadão possa, pelo menos, prover sua própria defesa, já que as forças de segurança do Estado não estão presentes em todos os lugares o tempo todo.

Confira também: “A chave para a liberdade é a capacidade de defender a si mesmo” – A realidade suíça

Passo Fundo

Em votação dividida, vereadores reprovam subsídios às empresas de transporte

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A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade.  Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo

A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.

Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.

Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?

Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.

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Passo Fundo

Dinheiro para a COLEURB: Pedro Almeida mandou um projeto ridículo, horrível e vergonhoso para a Câmara de Vereadores

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dinheiro para a coleurb

Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas

Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.

Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).

Veja também: Prefeito Pedro Almeida quer dar dinheiro para a COLEURB. Você concorda com esta farra? e Subsídio para COLEURB é um verdadeiro saque ao dinheiro público.

Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.

“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.

Coletiva sobre o PL 107/2022. Foto: Câmara de Vereadores de Passo Fundo.

Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.

Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.

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Passo Fundo

Passo Fundo terá nova edição do evento “O Despertar da Direita”

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O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural

Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.

A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.

A Constituição Federal não foi rasgada.

Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.

Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?

Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.

Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link:

https://chat.whatsapp.com/J5L4i4nUfREJfm6JEsExCy

Divulgue para seus amigos interessados. Precisamos nos unir.

O Despertar da Direita

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