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Quem dá prêmios para a Prefeitura de Passo Fundo?

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Em uma narrativa que mistura os atores prefeito e prefeitura, o marketing do município dá amplo destaque para as premiações recebidas pela administração do prefeito Luciano Azevedo (PSB). O troféu mais recente foi oferecido no final do último mês de maio, na capital paranaense.

A maioria dos moradores de Passo fundo já foi impactada por alguma mensagem do marketing da prefeitura, através dos próprios canais na internet ou pela imprensa, mencionando premiações do prefeito por conta de diversas ações governamentais. O último prêmio, denominado “InovaCidade 2017”, foi entregue no evento Smart City Business America Congress & Expo, realizado entre 22 e 24 de maio, em Curitiba.

Segundo a Prefeitura de Passo Fundo, o prêmio é entregue aos melhores projetos e iniciativas que contribuem com a melhora da qualidade de vida nas cidades. A distinção seria por conta de ações realizadas no primeiro mandato, como a revitalização de espaços públicos, programas de governo e o PEDEL – Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico Local. Em seu site, a prefeitura ainda afirma que a promotora do prêmio é uma “entidade internacional que congrega empresas atuantes no setor de smart city e administrações públicas”.

 

O custo do projeto “Plano de Desenvolvimento Econômico Local”, mais de 600 mil reais pagos para a Vertrag, uma empresa de Curitiba. Será que a Prefeitura de Passo Fundo não tem técnicos, engenheiros e Cargos de Confiança para realizar algo aqui mesmo? Os dados são da transparência.

A entidade

Em seu site na internet, o Instituto Smart City Business America (ISCBA) declara ser uma entidade sem fins lucrativos que promove o avanço das discussões relacionadas às smart cities no continente latino-americano, constituído por empresários, gestores públicos e privados e interessados pelo tema cidade inteligente. Mantém um canal para que interessados realizem associações em diversos níveis e contrapartidas, em categorias que requerem do associado o pagamento de taxas anuais de R$ 8400,00 até R$ 79200,00. Não existe qualquer pagamento declarado na transparência da Prefeitura de Passo Fundo para o CNPJ da entidade.

O domínio http://smartcitybusiness.com.br/ está em nome da “Associação dos Dirigentes Vendas Marketing Brasil”, uma empresa sediada em Recife, PE. O responsável é Walter Leopoldo de Albuquerque, que possui outras empresas de eventos e também a paulista Smart City Business America, empresa de fato organizadora do evento. Diferente do enfoque dado pela prefeitura ou pelo próprio ISCBA, o negócio aqui, realizado com primazia, é a organização de eventos e relacionamento entre empresas fornecedoras e clientes em potencial.

O evento realizado em Curitiba teve a parceria da empresa The Way, especializada em consultoria para comunicação. No site, a agência destaca o case do ISCBA, dizendo que o desafio imposto pelo instituto foi o aumento de receita e visibilidade. Com uma estratégia de posicionamento, teria obtido mais de R$900 mil em patrocínios diretos e a atração de diversas comitivas internacionais.

Prefeito Luciano Azevedo e equipe, no jantar de entrega do prêmio InovaCidade 2017. Foto: Flickr oficial do ISCBA.

 

O prêmio

Dentro do evento promovido pelo ISCBA, existe outro evento paralelo de premiação para projetos e iniciativas que contribuam para a melhoria de vida nas cidades. As inscrições foram encerradas em 28 de fevereiro de 2017.

Anúncio do prêmio no site do ISCBA, disponível no endereço http://smartcitybusiness.com.br/2017/premio-inova-2017/ em maio de 2017.

Em 12 de abril de 2017, o prefeito Luciano Azevedo postou em seu facebook sobre o convite para palestrar no evento.

A avaliação

Quatorze cidades receberam prêmios no InovaCidade 2017. Na lista de projetos avaliados, Passo Fundo concorreu e ganhou unicamente com o PEDEL. Outras cidades mostraram iniciativas diversas como o “Polo Agrícola e Pecuária” de Wenceslau Braz (PR) ou o “Programa de Iluminação Pública” de Piracicaba (SP).

Uma terceira empresa entre em jogo para fazer a avaliação dos projetos. Os “Indicadores de Mérito, Relevância e Impacto” dos projetos, chamados de IMERIS no concurso, foram desenvolvidos pela Agência de Responsabilidade Social Comunicarte, uma empresa do Rio de Janeiro com vários clientes na área estatal. O diretor-presidente da Comunicarte é Márcio Ruiz Schiavo, especialista em Marketing Social e pós-graduado em Comunicação Para o Desenvolvimento. O profissional tem forte atuação em marketing social e estudos sobre a sexualidade humana.

Nossos custos

Mesmo que não tenha oferecido patrocínio para o evento, a Prefeitura de Passo Fundo teve gastos em diárias e passagens para os membros da comitiva enviada à Curitiba, estimados em cerca de R$ 10 mil, fora envolvimento e horas de trabalho em atividades anteriores (contatos com a organização e elaboração de apresentações).

Nota-se que o caráter reconhecedor de mérito técnico carece de maior pesquisa por parte dos cidadãos e a realidade talvez seja um pouco diferente da vendida pela Prefeitura. Onde se fala em entidade internacional e inovação urbana, leia-se marketing empresarial, jantar e confraternização do setor público com empresários. Por último, devemos discutir a elaboração de um projeto estratégico para a cidade realizado por uma empresa de fora,  bem como a capacidade de uma equipe de secretários e cargos de confiança bem pagos ao longo de anos, em realizar algo na área, aqui mesmo.

 

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Nicolau agora ataca Procuradoria Geral do Município: “É um atraso”

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Críticas à PMG de Passo Fundo acaba em discussão na Câmara. Petismo ataca novamente

Na Sessão Plenária do dia 18 de maio de 2022, Regina dos Santos (PDT) discutir recente projeto de autoria do Poder Executivo Municipal sobre a alteração do plano de carreira dos professores municipais.

Aproveitando a deixa, o petista Nicolau Neri Grando (PT) tira o foco do tema para tecer críticas à Procuradoria Geral do Município. De acordo com o parlamentar, os processos que passam pelas mãos da Procuradoria acabam atrasando o andamento: É um atraso em todos os processos que passam pela PGM”.

Wilson Lill (PSB), em seguida, manifestou o equívoco na fala de Gomes, pois apontou que em todos os processos a Procuradoria avalia o melhor caminho e busca encontrar soluções. Para ele, não é um debate de minutos, mas uma construção de diálogo que muitas vezes demandam meses de debates e alterações.

Nharam (União Brasil) pontuou: “A PGM não é um time invasor de terras lá do MST”. Janaína Portella (MDB), que em outra oportunidade já fez parte da PGM, disse que a análise segura dos pareceres jurídicos emitidos pela Procuradoria são imprescindíveis para a tomada de decisão dos gestores públicos. Nharam segue: “O senhor me envergonha com essas colocações. Acha que está falando do STF?!?”

Permitindo aparte, Gomes manifestou a intenção da sua fala referente à PGM:

 

 

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Mateus Wesp e outros casos de Fake News em Passo Fundo

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Fake News se tornou um verbete comum no cenário político desde que Donald Trump o proferiu em alto em bom som, bem na cara da imprensa norte-americana. De lá para cá, como tudo que o ex-presidente americano faz ganha repercussão, esse ponto não ficaria para trás. Fake News são informações falsas com a intenção de enganar. Não é um engano culposo, mas doloso. Há intenção de enganar o público, apenas para marcar a narrativa.

Quando nos deparamos com as redes sociais de muitos políticos pelo Brasil afora, podemos ter a falsa impressão de que eles estão, de fato, resolvendo uma série de problemas da nossa sociedade, fazendo pautas importantes avançarem. Não é bem por aí…

“Encaminhamos um pedido de providência”

Vamos dar um exemplo do que ocorre em Passo Fundo. Ao ler “Encaminhamos um pedido de providências a respeito de…”, é comum ao leitor pensar que o problema está (ou num curto espaço de tempo estará) resolvido.

Um pedido de providência não passa de um encaminhamento, na maioria das vezes realizado pelos gabinetes dos vereadores, solicitando que o Poder Executivo Municipal realize determinada obra ou demanda de uma comunidade.

Se procurar, os pedidos de providência vão de trocas de lâmpadas até paz mundial (ok, estamos exagerando). Asfalto, pintura, limpeza de praças… por aí vai. Um vereador, neste ponto, acaba refém das próprias limitações que a lei lhe impõe. A execução de obras, enfim, é atividade do Executivo. Vereador legisla e fiscaliza (ou deveria fiscalizar).

Pedido de providência é um tipo de publicidade enganosa

Sobre pedidos de providência, muitos vereadores fazem a festa. Não queremos citar ninguém em especial. Infelizmente, poucos escapam dessa publicidade (enganosa) nas redes sociais.

Não estamos querendo dizer que o público está sendo dolosamente enganado: na verdade, o vereador faz o que a lei permite. Os pedidos, portanto, são realmente encaminhados.

O que dá a entender, por outro lado, é que o assunto está resolvido. Na maioria das vezes não está.

“Aprovamos um projeto”

Quando um político afirma “Aprovamos um projeto de minha autoria”, todo cuidado também é pouco. É difícil estimar precisamente, mas a falta de eficácia das leis no Brasil não é assunto para amadores. Talvez a vocação nacional seja descumprir leis. Não é de todo culpa do nosso povo: o nosso universo legislativo é um oceano inabarcável de normas.

Nesse sentido, uma parte considerável das leis aprovadas são “leis pra inglês ver”: elas existem no papel, mas não mudam a vida da população em nada (ou muito pouco). Lei aprovada, entendam, é papel; sua execução, é outra coisa.

Ao longo dos anos de trabalho na Lócus, foram inúmeras as referências que fizemos nesse sentido. Quase toda semana um vereador sobe na tribuna e reclama da falta de cumprimento de leis aprovadas. Para citar um único exemplo, da legislatura passada:

Toson abriu seu Grande Expediente fazendo uma críticas às cobranças recebidas pelos parlamentares sobre o número de leis propostas. Para o vereador, trata-se de uma distorção realizada sobre o trabalho legislativo.

No Brasil, conforme dados apresentados, há mais de 5 milhões de leis em vigor, segundo um estudo da Fiesp. Para Toson, há uma ideia de que, ao se criar uma lei, magicamente o problema estará resolvido no dia seguinte. Isto prova que, para a resolução de um problema da sociedade, a lei é apenas uma etapa, não o processo completo.

Para o parlamentar, a lei acaba sendo uma espécie de abstração para se criar uma ilusão que o problema está sendo solucionado, o que é muito distante da realidade. De acordo com um dos exemplos citados, há a lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nas ruas de Passo Fundo. O projeto havia sido proposto como forma de coibir as constantes denúncias de algazarras nas ruas do Município. O problema, no entanto, permanece. 

Projetos em andamento: o marketing político desnecessário

Projetos em andamento também podem causar uma série de enganos no público. Veja, a seguir, recente postagem do deputado estadual Mateus Wesp (PSDB):

O que significa dizer que “um projeto foi aprovado numa comissão”? Nada além de que a pauta está tramitando, mas o caminho pode ser ainda longo (isso se for aprovado, é claro).

Nessa postagem de Wesp, o público percebe a notícia de outra forma, como se parte do problema já estivesse resolvido, mas não está.

Provavelmente esse projeto nem seja aprovado nesta legislatura. Pode ser que Wesp nem se reeleja deputado estadual. Pode ser que esse projeto reste engavetado. Pode ser que esse projeto seja esquecido. Pode ser que seja submetido à votação: pode ser aprovado ou não. Se for aprovado, pode ser que o Governador vete. Se vetar, os deputados poderão ou não derrubar o veto. Conseguem perceber parte do problema?

Por isso, não sejam enganados por postagens de políticos nas redes sociais. A palavra “lei”, no Brasil, está banalizada desde que éramos uma monarquia. Faça um favor a si mesmo e pare de ser enganado por esse tipo de postagem. E sobretudo pare de ser enganado por alguém com cara de bom moço, que fala bonito e que não tira o terço do pulso.

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Duas emendas impositivas de Eva Lorenzato são para compra de absorventes

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A petista segue a cartilha que ganhou coro nos últimos meses Brasil afora, falando em “pobreza menstrual”

A vereadora Eva Lorenzato (PT) protocolou duas emendas impositivas ao orçamento municipal para compra de absorventes para distribuição à população mais carente da cidade, além da promoção de uma campanha de conscientização quanto ao problema da pobreza menstrual. De acordo com a parlamentar:

“Com a renda per capita do povo pobre sendo de até R$ 87 por mês, se você é mãe, vai optar entre comprar um pacote de absorvente por R$ 15 ou comprar leite para seus filhos?”

Em matéria divulgada pela equipe de comunicação da Câmara de Vereadores de Passo Fundo, relata-se a trajetória da vereadora na abordagem deste tema. Veja mais em: VEREADORA DEFENDE A DESTINAÇÃO DE VERBA PARA COMPRA DE ABSORVENTES

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