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A crise de credibilidade da imprensa americana

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Se você vive no Brasil, já deve ter ouvido falar algo a respeito de Donald Trump. Muito provavelmente, a maior parte dos comentários que você ouviu a seu respeito — por meio da imprensa ou na sua roda de amigos — é negativa.

Saiba que você não está sozinho. Muitos americanos estão sendo expostos pela imprensa americana a este mesmo tipo de comentário diariamente. No final de seus 100 dias de governo, no mês de abril, estimava-se que 89% da cobertura da mídia americana ao presidente era negativa. Não é de se surpreender, portanto, que muitas pessoas, nos EUA e afora, tenham uma imagem péssima deste que atualmente é o homem mais poderoso do mundo. Visto que muitos jornalistas brasileiros obtêm informações sobre política americana através de grandes veículos de comunicação como a CNN, The New York Times e Politico, é natural que a cobertura jornalística das agências de notícia no Brasil reflita o tom negativo destes meios.

Em uma sólida República como a dos EUA, a imprensa exerce o importante papel de fiscalizar o governo e ser um veículo de prestação de contas daqueles que foram eleitos para representar o povo. Justamente por isso, a imprensa é apelidada de “Quarto Poder”. Mas se a imprensa tem o dever de fiscalizar os agentes do Estado, quem está incumbido de fiscalizar os agentes da imprensa? Como podemos saber se imprensa está cumprindo sua nobre missão de informar o cidadão, de maneira isenta, ou se as agências de notícias se tornaram grandes corporações a serviço de poderosas elites que, por meio de desinformação, moldam a opinião pública de acordo com os seus interesses?

A verdade é que o Quarto Poder nos EUA passa por uma crise de credibilidade sem precedentes. Menos de dois meses antes das eleições presidenciais, a opinião dos americanos a respeito da imprensa não era das melhores: somente 32% deles diziam que a mídia era confiável, o índice mais baixo desde que a pesquisa começou a ser feita pelo Instituto Gallup nos anos 70. Naquele momento, a grande dúvida ventilada pelos jornalistas não era se Hillary iria ganhar as eleições – um fato tido como concreto –, mas quão grande seria sua vantagem sobre Trump. Praticamente todas as pesquisas de opinião e todos os jornais de expressão previam uma vitória avassaladora da democrata. Duas semanas antes das eleições, o Washington Post publicava que “As chances de Trump vencer a eleição se aproximam de zero”. O Huffington Post foi um pouco mais generoso, dando a Trump 2% de chance de vitória, enquanto o The New York Times, o mais otimista, lhe dava 15% de chances de vencer. Quando Donald Trump contrariou todas as previsões, o anúncio de sua vitória caiu como uma bomba nuclear sobre o establishment midiático e um cataclismo se abateu sobre todas as redações da América. Os modelos de previsão haviam falhado miseravelmente e todos – a começar pelos membros da comunidade jornalística – foram obrigados a refletir sobre a miopia generalizada da grande mídia. Em um editorial dirigido aos seus assinantes, o The New York Times fez um mea culpa, reconhecendo que havia “subestimado o apoio dos eleitores americanos a Trump”, prometendo a seus leitores “dedicar-se novamente aos princípios fundamentais do jornalismo” e agradecendo-os por sua fidelidade.

Muitas teorias surgiram para explicar este fiasco monumental como, por exemplo, o fenômeno conhecido como “bolha midiática” – o fato de a imprensa ser majoritariamente composta por membros das chamadas “elites urbanas” em Los Angeles, Nova Iorque e Washington, totalmente desconexas da realidade de eleitores das zona rurais nos EUA (onde o apoio a Donald Trump foi maior do que o previsto). Apesar de este ser um fator plausível, há outros fatores mais relevantes que devem ser levados em consideração em nossa análise.

Atualmente, 93% dos jornalistas americanos se identificam como democratas e 96% das contribuições à campanha presidencial feitas por jornalistas foram destinadas à Hillary Clinton. Centenas de e-mails vazados pelo Wikileaks trouxe à luz uma série de revelações embaraçosas que igualmente demonstram um preocupante grau de aproximação entre a imprensa americana e o Partido Democrata: desde confraternizações secretas entre a equipe de Hillary e conhecidos âncoras americanos – como Gloria Borger (CNN), George Stephanopoulos (ABC) e Rachel Maddow (MSNBC) – até a coordenação de uma lista de perguntas elaboradas por membros do Partido Democrata a serem feitas aos presidenciáveis Ted Cruz e Donald Trump durante entrevistas e debates na CNN.

Tais revelações naturalmente levam qualquer cidadão intelectualmente honesto a questionar o nível de integridade e objetividade da imprensa. Era de se esperar que, diante dos lamentáveis espetáculos envolvendo a grande mídia nos últimos meses, membros da comunidade jornalística pudessem aprender a lição, se não por uma questão de caráter, pelo menos por uma questão de autopreservação: atualmente, 65% dos eleitores americanos acreditam que a grande mídia deliberadamente propaga “Fake News” (notícias falsas), uma tendência que, caso se mantenha, não garante um futuro promissor aos veículos tradicionais de mídia.

Pelo que tudo indica, no entanto, nada mudou. Imediatamente após a vitória de Donald Trump, diversas narrativas foram propagadas pela grande mídia no intuito de deslegitimar o seu mandato. Entre as mais populares, está a de que Trump teria sido favorecido por um levante de supremacistas brancos ; uma avalanche de “Fake News” (notícias falsas) nas mídias sociais que teria influenciado a opinião dos eleitores a favor de Trump; e a narrativa de que hackers russos, a serviço de Vladmir Putin, teriam influenciado os resultados das eleições e favorecido Trump. Diante da falta de evidências, todas as narrativas foram perdendo força e morreram com o passar dos meses, com exceção da narrativa dos hackers russos – que estabelece um conluio entre Trump e Putin e se tornou uma verdadeira obsessão na grande mídia. Entretanto, até mesmo esta narrativa parece estar com seus dias contados.

A CNN, que hoje ocupa quase toda sua programação falando dos hackers russos, assegurava (quando ainda tinha absoluta certeza de que Hillary ia vencer) que, devido à descentralização do sistema eleitoral, “a probabilidade de um ataque cibernético influenciar as eleições americanas é zero”. Meses de investigação não foram suficientes para encontrar nenhuma prova que estabeleça o suposto conluio entre Donald Trump e Vladmir Putin. Um documentário de James O’Keefe, ativista conservador, mostra um produtor da CNN confirmando que a rede tem alimentado a narrativa dos hackers sem nenhum tipo de prova, somente para aumentar sua audiência. Com o passar do tempo, na falta de provas que possam sustentar a teoria de que “Putin elegeu a Trump”, a narrativa se desmorona e começa-se a questionar a competência de Barack Obama, já que as supostas tentativas se deram em diferentes ocasiões quando as agências de inteligência e segurança ainda estavam sob sua liderança (o feitiço vira contra o feiticeiro).

Trump não foi o primeiro e nem será o último presidente a ser criticado pela imprensa. No entanto, ele foi o único a denunciar de forma contundente o viés daqueles que dizem ser imparciais. Projetando-se como alguém de fora do establishment político, financiado com seu próprio dinheiro e que, portanto, não estava à mercê dos grandes lobbies, Trump expôs a imprensa americana como um conjunto de grandes corporações que não estavam a serviço do povo americano, mas sim do Partido Democrata e de grandes grupos de interesse. “Eu sou a sua voz contra os grupos de interesse” – dizia, e sua voz não podia ser calada ou abafada por aqueles que presumiam ter o monopólio da comunicação. Durante toda sua campanha, Trump conseguiu passar por cima da imprensa ao falar diretamente com os seus por meio das mídias sociais e em seus comícios.

Apesar de sucessivas tentativas, a mídia não pôde destruir Donald Trump, mas colaborou muito para sua autodestruição. Aguardamos por uma imprensa que surja como a fênix que reluz a partir das cinzas, que propague notícias e não narrativas, fatos e não propaganda, e que possa resgatar os princípios da ética jornalística hoje negligenciados por grande parte dos profissionais da imprensa.

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A jornada da Balenciaga, marca que vai da defesa do aborto ao abuso infantil

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Balenciaga

Último ensaio da marca de luxo colocou crianças em imagens contendo produtos adultos e referências a algo que faria nosso título ser banido das redes sociais

A Balenciaga é uma daquelas marcas de luxo que vendem (preço no Brasil) jaquetas por R$ 34 mil e tênis de R$ 10 mil. Volta e meia, a empresa choca o público desse mercado com coleções exóticas que remetem a sacos de lixo ou produtos usados.

Com sede na França, a Balenciaga tem origem espanhola e é uma das principais marcas de luxo do grupo Kering, controlador de marcas como Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta, Alexander McQueen e outras. Com 42 mil empregados, o Kering teve um lucro de 17,6 bilhões de Euros em 2021.

Balenciaga e o abuso infantil

Ferramentas de promoção da coleção 2022/2023 da Balenciaga, duas campanhas publicitárias lançadas no dia 16 de novembro chamaram a atenção. A primeira, chamada “Gift Shop”,  usa imagens de crianças portando bolsas de ursinhos paramentados com acessórios do mundo BDSM e até uma faixa plástica similar às usadas em cenas de crime para isolamento aparece no cenário com o nome Baalenciaga (usando dois As), apontado por usuários na internet como referência a BAAL, demônio antigo que (adivinhem!) sacrificava crianças.

A segunda, ambientada em um ambiente de escritório de Nova Iorque,  tem fotos que deixaram transparecer papéis com cópia de processo da justiça americana sobre pedofilia e o  livro Fire From The Sun, de Michael Borremans, conhecido por mostrar gravuras de crianças nuas.

balenciaga abuso infantil

Site da Balenciaga com uma das fotos do ensaio Gift Collection, do fotógrafo Gabriele Galimberti.

Detalhe de outra imagem: criança deitada próxima a taças de bebida e acessórios da marca. Atrás, o ursinho sadomasoquista.

 

Depois do escândalo, o fotógrafo responsável pelo ensaio com os ursinhos declarou publicamente que estava “apenas tirando fotos” de um cenário montado por outras pessoas. Já a própria Balenciaga emitiu nota pedindo desculpas pelo ensaio, que as bolsas em formato de ursinho não deveriam estar no cenário com crianças e que removeu as peças de seus canais, além de tomar medidas judiciais milionárias contra os responsáveis pelo segundo. “Nós condenamos com veemência o abuso infantil de qualquer forma e defendemos a segurança das crianças e seu bem-estar” complementa a nota.

Parte do “notão” postado no Instagram em 28 de novembro sobre os ensaios com abuso infantil e referências à pedofilia…

balenciaga aborto

e a nota de apoio ao aborto para as funcionárias americanas em 28 de junho. Seis meses de diferença e a repetição das palavras.

Tweet do youtuber @shoe0nhead sobre o escândalo e suas milhares de curtidas. É só o começo.

Vinte e duas semanas antes, a Balenciaga publicou no Instagram uma forte defesa do aborto, chamado de direito humano da escolha, garantindo que suas funcionárias americanas terão despesas com procedimentos abortivos cobertas pela empresa. “Pela saúde e bem-estar da comunidade Balenciaga neste momento de incerteza”, eles disseram. A nota foi provocada pelas decisões da Suprema Corte americana à época (Revogação da Roe vs Wade).

O resultado

Além da atenção dada pela imprensa internacional, a marca vê celebridades tentando de alguma forma desvilcular a imagem após o escândalo. A mais famosa delas é Kim Kardashian, que vai lidando com o caso nota após nota, em um controle de danos que envolve base de fãs, mercado de influência e muito dinheiro. Já a “internet” em geral ferve em campanhas que querem cancelar a marca e até queimar (literalmente) os produtos.

Inaceitável

Então, uma empresa bilionária, que trabalha nos extremos da criação artística, lança não um, mas dois ensaios com referências a abuso infantil e pedofilia, de forma sutil ou descarada, pede desculpas, reconhece alguns “erros” e segue em frente? Não é bem assim. A seleta clientela deve tomar consciência sobre o significado da compra e endosso da filosofia da marca e até mesmo a Justiça dos países onde o grupo atua deve abrir o olho e descobrir a real cadeia de comando que permitiu tais experimentos. Sem trocadilho, a sociedade não pode deixar que esta moda pegue.

PS. Há muito mais na internet sobre referências ocultas nos ensaios, ampliadas para outras figuras ligadas à Balenciaga e suas influências. O Twitter está cheio de teorias e a comprovação dos fatos exige cuidado.

 

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A Saga de Sage: uma história cruel sobre a interferência do Estado nas famílias americanas

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A Saga de Sage

Uma adolescente retirada da família com anuência da escola e diversos órgãos federais americanos, tudo em nome da ideologia de gênero

 

Nota do editor: a história que publicamos aqui foi divulgada por Jordan Peterson em agosto de 2022 e faz parte do fórum Parents with Inconvenient Truths about Trans (PITT), lista que reúne famílias que trocam informações e sofrem na pele os problemas da ideologia de gênero nos Estados Unidos. Termos específicos da cultura americana foram substituídos na tradução para o português, para uma melhor clareza. 

A saga de Sage

Esta é a história de uma menina de 15 anos, Sage Lily. A autora, sua mãe adotiva – que também é sua avó -, quer que o mundo saiba o que está acontecendo com crianças identificadas como trans vulneráveis ​​como sua filha. Quando recebemos sua história, imediatamente a colocamos em contato com pessoas em nossa rede que poderiam ajudá-la e obter visibilidade de sua história com um público mais amplo. Estes fatos estão acontecendo agora; tire um tempo para ler esta história.

Eu sou a avó de uma menina de 15 anos, Sage Lily. Adotei Sage quando ela tinha apenas 2 anos de idade. Sage e eu moramos na Virgínia com meu marido.

Sage começou a passar por confusão de gênero na 8ª série. Até então, ela era uma aluna nota 10 que gostava de tocar piano e escrever poesia. Em sua pequena escola, como Sage me informou, todas as meninas eram bi, trans ou lésbicas. Em algum momento, a influência social a dominou. Ela disse aos seus amigos e professores que queria ser trans e que Sage não seria mais seu nome – ela pediu para ser chamada de “Draco” e referida como um menino. A escola aceitou e deu apoio, ação que é uma obrigação legal no estado da Virgínia.

Infelizmente, a escola não contou a mim, sua mãe legal, sobre nada disso – fiquei no escuro. Eu gostaria de ter sido informada. Se eu soubesse, esta teria sido uma história muito diferente.

Em agosto passado (2021), Sage começou a 9ª série na escola secundária local com sua identidade trans, sem que eu soubesse. Ela sofreu bullying e tornou-se extremamente vulnerável. Logo ela seria atacada na internet – um fato que eu só soube mais tarde.

Em 25 de agosto, ela fugiu de casa. Imediatamente notifiquei o xerife local. Seu caso rapidamente se agravou e o FBI e o US Marshall se envolveram. Sage foi vítima de tráfico sexual e levada da Virgínia para Washington e depois transportada para Maryland. O FBI e os delegados a encontraram em um quarto trancada na casa do criminoso às 22h do dia 2 de setembro. Eles me ligaram para me avisar e para me informar que eu poderia buscá-la na manhã seguinte para trazê-la para casa na Virgínia. Disseram-me que ela precisava passar a noite em um centro de detenção, pois estava sendo tratada no hospital, e precisava de um kit de estupro completo. Eu estava nervosa, como você pode imaginar, e perturbada por não ter permissão para vê-la imediatamente.

Cheguei ao centro de detenção bem cedo na manhã seguinte. No entanto, uma vez lá, recebi notícias surpreendentes e devastadoras – Sage estava sendo representada por um advogado de menores e não teria permissão para voltar para a Virgínia conosco, e eu não teria permissão para vê-la até que uma audiência no tribunal ocorresse. E, além disso, meu marido e eu seríamos investigados por “abuso” porque a chamávamos de “Sage” e não de “Draco”, e usávamos pronomes femininos em referência a ela, em vez de ele/dele.

Acusações de abuso foram feitas contra mim e meu marido e Sage foi colocada na UNIDADE PARA MENINOS do Lar Infantil – onde ela foi novamente abusada. Depois disso, ela foi colocada em uma sala privada. Novamente, não fui avisada de que Sage (com corpo feminino) foi colocada em uma unidade masculina. Então agora minha filha traumatizada havia sido sequestrada, traficada sexualmente e depois abusada sexualmente novamente enquanto estava sob os cuidados do Estado, em vez de retornar ao seu lar amoroso para se refazer. Em vez dos cuidados com o trauma que Sage precisava desesperadamente quando foi resgatada, ela foi manipulada e nossa família foi tratada injustamente. Em vez de obter a ajuda que ela merecia e precisava desesperadamente, ela estava fadada a experimentar ainda mais dor e sofrimento.

Após uma investigação do Serviço Social de Maryland e da Virginia, as acusações de abuso foram consideradas infundadas. No entanto, Sage ainda não tinha permissão para voltar para casa. Em vez disso, ela foi colocada no centro do palco para promover uma agenda política e de gênero para um defensor público de Maryland, claramente sem conhecimento do trauma causado pela exploração sexual de uma criança.

Uma típica jovem de 14 anos é emocionalmente imatura e luta com muitos problemas. Sage tinha problemas adicionais além dessas preocupações normais, pois havia sofrido um trauma grave antes dos dois anos de idade. Agora, com esse novo trauma de ser traficada sexualmente, ela estava ainda mais vulnerável. Apesar dos programas residenciais terapêuticos na Virgínia que estavam dispostos e aptos a aceitá-la, o defensor público de Maryland disse que Sage não poderia ir por causa da identificação trans. E o juiz do tribunal juvenil de Maryland concordou!

Em 8 de novembro de 2021, o juiz de Maryland finalmente liberou Sage para uma instituição na Virgínia. As autoridades recorreram logo no dia seguinte (indo contra a lei interestadual de custódia) e o estado de Maryland continuou a manter a custódia da minha filha, esperando colocar Sage em um lar adotivo em Maryland. Por quê? Porque eu a chamei de Sage, seu nome legal, e não de Draco. Neste caso, foi simplesmente porque meu marido e eu esquecemos – porque certamente, desesperados para ter nosso filha de volta, teríamos feito qualquer coisa, inclusive usar o nome Draco. Agora, nossa criança abusada, vítima de um crime federal de tráfico sexual, estava sendo enviada para um lar adotivo por causa da ideologia de gênero. Não há como interpretar que isso era do melhor interesse do meu filho.

Para piorar as coisas, um dia, em 12 de novembro, Sage não voltou ao abrigo infantil depois da escola. Ela tinha fugido novamente. A polícia, o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC) e o FBI foram notificados.

Nesse ponto eu só podia esperar e rezar para que Sage não estivesse de volta nas mãos dos predadores. Eu rezei para que ela ainda estivesse viva. Todos deveriam estar procurando por ela. Em vez disso, o recurso de Maryland permaneceu ativo e os advogados se concentraram em usá-la para estabelecer jurisprudência para indivíduos transgêneros (esse advogado chegou a aconselhar minha filha que ela pretendia entrar com um recurso e, se isso falhasse, iria para a Suprema Corte !). Essa era a principal intenção do advogado de Maryland – e isso deveria ser realizado com o risco da saúde mental de minha filha e agora de sua vida.

Para meu horror, o delegado de Maryland descobriu que Sage havia sido enviada de Maryland para Dallas, Texas. Em 24 de janeiro de 2022, o Texas Marshal, pela graça de Deus, a encontrou em uma sala trancada onde, mais uma vez, ela havia sido abusada por um predador. Ele a usou para pornografia, vendeu seu corpo por dinheiro, a deixou com fome, espancou-a e a drogou. Foi um verdadeiro milagre que ela foi encontrada. Tantas crianças nunca são encontradas. Mas, sua exploração nunca teria acontecido se não fosse a intervenção do estado de Maryland.

Agora Sage está em uma instalação terapêutica residencial pelos próximos 1 ou 2 anos, dependendo de quão bem ela responde ao programa. Ela vai lutar com essas consequências para o resto de sua vida. Ela tem apenas 15 anos. Ela passou seu aniversário de 15 anos, 20 de outubro, em Maryland – e eu nem tive permissão para visitá-la. Chorei o dia todo naquele dia.

Eu quero compartilhar sua história com qualquer um e todos que vão ouvir. Eu sou apenas uma pequena voz para milhares dessas crianças que nossa sociedade está colocando em perigo ao aprovar leis que lhes dão mais direitos do que os pais que estão lá para protegê-las. Essas novas leis estão colocando crianças vulneráveis ​​como a minha em perigo. Essas crianças não são capazes de tomar as decisões com as quais têm poder, e os adultos estão intervindo para explorá-las, enquanto seus pais foram relegados à margem. O cérebro dessas crianças não está totalmente desenvolvido até os 25 anos! Estamos permitindo que essas crianças, escolas e instalações médicas mantenham legalmente informações em segredo dos pais. Isso é muito real e muito assustador. Eu deveria saber.

Precisamos nos tornar uma voz ativa e alertar as pessoas que a vida de seus filhos está em jogo – literalmente. Há predadores doentes por aí observando e esperando por essas crianças confusas. Nossa sociedade os está desviando ao permitir que essas leis sejam aprovadas. É uma questão muito real que merece muito mais atenção. Acha que isso não pode acontecer com você? Pode. Ajude compartilhando a história de Sage.

Os destaques são nossos. Link para a postagem original, em inglês, aqui: The Saga of Sage.

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Ernesto Araújo é convidado para explicar apoio brasileiro ao Plano de Paz de Trump

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Conforme divulgado pelo site de notícias do Senado Federal, a Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou na quinta-feira passada (6) um convite para que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, preste informações sobre a posição brasileira em relação ao plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o conflito entre Israel e Palestina. A data da audiência pública ainda não foi definida.

Depois de estreitar os laços da Coreia do Norte com o Ocidente, algo antes nem sonhado por Barack Obama, o democrata que inclusive foi agraciado com Nobel da Paz, agora Donald Trump quer dar um rumo para um conflito que se estende desde a fundação do estado de Israel. O plano divulgado pelo governo norte-americano no dia 28 de janeiro prevê o reconhecimento de Israel e Palestina como estados soberanos.

De acordo com o plano, Jerusalém permaneceria indivisível como capital israelense, enquanto o povoado de Abu Dis abrigaria a capital do Estado Palestino. Lideranças palestinas criticaram a proposta, considerando que ela favorece os interesses de Israel. Ainda, estabelece a soberania israelense sobre boa parte do vale do rio Jordão, a oeste da fronteira com a Jordânia. Este território engloba partes da Cisjordânia, região de maioria palestina que é reivindicada como parte do Estado palestino. Trump anunciou o plano na Casa Branca ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que historicamente defende a anexação do Vale do Jordão por Israel (imagem).

No seu pronunciamento, o presidente norte-americano apontou que será uma solução realista para os dois Estados, sendo que, assim, nenhum palestino ou israelense “será retirado de suas casas”. A proposta também inclui um investimento comercial de US$ 50 bilhões, que geraria, segundo Trump, 1 milhão de empregos para os palestinos nos próximos dez anos.

No entanto, a proposta não está sendo vista pelos mesmos olhos do lado palestino. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, criticou e recusou nesta terça-feira, 11, perante o Conselho de Segurança da ONU, o plano de paz para israelenses e palestinos proposto pelos Estados Unidos. Na sua avaliação, o plano não proporciona soberania ao povo palestino.

O apoio brasileiro foi imediato. É notório o estreitamento dos laços do presidente Jair Bolsonaro com EUA e Israel. O autor do requerimento de convite para o ministro Ernesto Araújo é o senador Esperidião Amin (PP-SC). Ele destacou que, um dia após a apresentação do plano, o Itamaraty divulgou uma nota de apoio à proposta de Donald Trump. “Trata-se de iniciativa valiosa que, com a boa-vontade de todos os envolvidos, permite vislumbrar a esperança de uma paz sólida para israelenses e palestinos, árabes e judeus, e para toda a região”, destaca a nota do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

Para Esperidião Amin, a postura do Itamaraty representa uma “mudança de posição”: “O Brasil tem uma história de relação tanto com Israel quanto com a Palestina. Nenhum país do mundo tem uma relação tão diplomática, tão intensa. Chamar o ministro para explicar essa mudança da posição do Brasil não significa contestar. Mas ignorar isso, creio que seria uma irresponsabilidade”.

O presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), afirmou que o ministro Ernesto Araújo se dispõe a participar da audiência pública.

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