Entre em contato

Nacionais

O problema não é o sistema político e sim o estatismo

Publicado

on

As soluções erradas encontradas para a crise política são resultado do contexto de verdadeira paranoia em que nos inserirmos. A Lava Jato, a despeito de seus méritos, tem culpa no cartório e contribuiu de forma inequívoca para que excrescências como o Fundo Eleitoral bilionário e o Distritão fossem discutidas seriamente no Congresso.

Os Procuradores da Força-Tarefa, convertidos em internautas revoltados, passam o dia nas redes sociais apontando o dedo para o Congresso Nacional, para as instâncias de Justiça e para todo e qualquer elemento que ousar contrapor o belo e perfeito ideário de Administração Pública que eles têm em suas cabeças. De investigadores a timoneiros da ética e dos bons costumes da nação. Como se o papel funcional que desempenham os autorizasse a bancar os ombudsmens da institucionalidade. A Lava Jato trocou a produção de provas pela produção de teorias e o combate ao crime pela militância em favor da reforma do sistema.

Os políticos têm influência demais, têm acesso a recursos demais, podem negociar demais. Contam com estatais, autarquias, cargos, instâncias, agências e outros tantos mecanismos que os permitem influenciar até mesmo no rumo da economia. É claro que esse é o ambiente adequado para a troca de favores, para a negociata e para as facilidades. Burocratas se associam aos barões do capitalismo de risco zero para lucrar mutuamente em cima do erário.

No Brasil, impera o pensamento mágico de que novas legislações, novos modelos e mais órgãos de controle resolverão os problemas éticos. Ficamos na abstração e ignoramos a realidade. Legislação, modelo ou órgão algum dará conta do que na base é puro excesso de Estado.

Os moralistas influentes, entretanto, querem mais Estado para combater os vícios do Estado. Teremos apenas mais corrupção e ineficiência. É a idiotia ingênua dos sonhadores servindo aos criminosos perspicazes.

Nota: Na imagem que ilustra a postagem, a escultura “Welfare State: a Human Tragedy”, do artista chinês  Liu Qiang

 Artigo também publicado no Jornal Informante de 01/09/2017

Continue Lendo

Nacionais

A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

Publicado

on

Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

Continue Lendo

Nacionais

Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

Publicado

on

Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

Continue Lendo

Nacionais

Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

Publicado

on

Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

Continue Lendo

Mais Acessados

Copyright © 2021. Lócus Online.