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William Waack foi mais burro do que racista, mas isso não importa

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William Waack, apresentador do Jornal da Globo, foi flagrado em um vídeo de bastidores cometendo o que se pode caracterizar como injúria racial. Incomodado com um motorista de carro que passava buzinando próximo ao local onde seria gravado um comentário para a TV, o jornalista disse: “Ta buzinando por quê? Seu merda do cacete. Deve ser um, com certeza, não vou nem falar de quem, eu sei quem é, sabe o que é”. Em seguida, se inclinando para falar ao interlocutor que estava no seu lado, murmurou: “Preto, né? Preto”.

https://www.youtube.com/watch?v=6BjYQIkykJY

As redes sociais não demoraram para repercutir as falas, que já renderam a Waack um afastamento temporário por determinação da Rede Globo. Em nota, a emissora afirmou que é “visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações”.

A expressão “coisa de preto”, ainda usada correntemente em ambientes particulares, já não tem mais caráter essencialmente racista. Ela é designada muito mais para ações de rafuagem ou de vileiros do que negros. Mesmo assim, ela tem em si uma origem preconceituosa embutida. E se já não pega bem falar ela entre quatro paredes, o que imaginar se dita diante de uma penca de câmeras. É assombroso que um jornalista do nível de William Waack, reconhecido pela seriedade e competência, tenha dito uma coisa dessas, ainda mais em um estúdio de TV.

Inúmeros negros se sentirão atingidos pela fala de Waack, e não sem razão. Não por incompreensão ou por serem politicamente corretos, mas porque se trata de uma declaração com carga racista dada por uma personalidade da mídia, responsável por comandar a bancada de um dos mais importantes noticiosos da maior emissora do país. Mesmo não sendo preconceituoso, “coisa de preto” saindo de sua boca ganha uma dimensão muito maior do que teria se tivesse saído da boca de um cidadão comum. No caso dele, trata-se de uma burrice e de uma imprudência que merecem um pedido de desculpas público, mesmo que o estrago profissional já esteja feito e que seja quase incontornável.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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