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Jair Bolsonaro errou ao se ausentar do Fórum da Liberdade

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O que passa na cabeça de Jair Bolsonaro e de seus assessores? Sua ausência no último Fórum da Liberdade não tem sentido. O deputado perdeu a oportunidade única de falar para um público composto majoritariamente de liberais e conservadores. Ele dificilmente encontrará plateia tão fácil de conquistar quanto a que estava presente. Tanto é assim que diversas pessoas presentes portavam camisas com a estampa do seu rosto.

O evento foi palco do primeiro encontro dos principais presidenciáveis. Estavam lá: Ciro Gomes, João Amoedo, Henrique Meirelles, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Flavio Rocha. Eles puderam explanar livremente por cerca de vinte minutos, além do tempo separado para responder a duas perguntas do moderador.

Simpatizantes de Bolsonaro justificaram sua ausência com desculpas das mais descabidas. Uns argumentaram que era um evento “socialista”. Outros, que se tratava de uma “armadilha”. Teve até quem afirmou que a decisão foi estrategicamente brilhante, já que, bem posicionado nas pesquisas, ele não precisava aparecer.

Na sua 31° edição, o Fórum da Liberdade se consolidou como uma arena de debates plural, mas que tem uma linha que advoga a defesa da livre iniciativa do liberalismo econômico. Já passaram pelo evento nomes como Olavo de Carvalho, Roberto Campos, Paulo Francis, Denis Rosenfield, José Maria Aznar e Mario Vargas Lhosa. Nenhum deles pode ser acusado de esquerdista. Na mesma edição em que falaria Bolsonaro, estava presente nada menos que Theodore Dalrymple, um dos mais conceituados conservadores da Inglaterra. Outro convidado era Paulo Guedes, que foi anunciado como responsável pela economia em um governo Bolsonaro.

Que tipo de evento de caráter “socialista” é esse? Que tipo de armadilha poderia ser feita em um espaço onde ele poderia falar sem ser interrompido e sem ser atacado por adversários? Que tipo de estratégia é essa que ignora um público que tem inúmeros potenciais eleitores entre seus componentes?

Como pré-candidato, Bolsonaro tem o dever de debater e discutir com seus oponentes. Assim será até o encerramento da eleição. Ou ele, porque eventualmente figura bem posicionado nas pesquisas (aquelas mesmo que são desacreditadas por colocar Lula na dianteira), agora se comportará como prima-dona? Se essa for sua postura, ganhará apenas o epíteto de fujão. Para um militar, não pega bem ser conhecido por bater em retirada, ainda mais quando está em terreno vantajoso. 

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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