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Manuela não foi vítima de machismo, mas sim do seu próprio despreparo

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Como boa militante de esquerda, Manuela D’Ávila sabe usar a retórica como forma de escapar de enrascadas. Com palavras-gatilho, é possível acionar grupos políticos para que desloquem o eixo do debate público, direcionando-o para longe do que importa. Foi assim que a deputada comunista fez depois de sua desastrosa participação no programa Roda Viva.

Tão logo saiu da TV Cultura, foi para as redes sociais denunciar que havia sido vítima de machismo por parte de seus entrevistadores, sendo duas delas mulheres. A justificativa: foi interrompida demais. Imediatamente, soou o alerta na “lacrosfera”, o ambiente virtual formado por sites progressistas e gente descolada nas rede sociais. Todos eles passaram a denunciar a bancada de entrevistadores. Uma petição pública foi criada exigindo que Manuela fosse novamente entrevistada no Roda Viva. A Folha de São Paulo se deu ao trabalho de fazer um levantamento comparando o número de interrupções feitas a Manuela e seus concorrentes no mesmo programa. O que o jornal não soube explicar é por que Marina Silva, que também é mulher, foi menos interrompida.

Entrevistas pressupõem perguntas e respostas. Entrevistadores têm o dever de puxar o entrevistado quando este se enrola em evasivas que buscam contornar o que está sendo questionado. Para isso, é necessário interromper. Qualquer observador notará que, durante o curso de sua participação no Roda Viva, Manuela usou a estratégia da tergiversação. Não funcionou. Vera Magalhães, que é uma das mais destacadas jornalistas brasileiras, fez a pré-candidata comunista se perder em meio a contradição. Manuela se posicionou a favor da Lei do Ficha Limpa e a favor da candidatura Lula, sendo oportunamente lembrada por sua interlocutora que o ex-presidente estaria impedido de concorrer por força desta mesma Lei.

Outro momento em que Manuela se perdeu foi quando questionada sobre a experiência comunista no leste europeu. A pré-candidata respondeu falando de Brilhante Ustra e de tortura no Brasil. Também não respondeu se apoiava ou não que estupradores fossem castrados quimicamente. Preferiu dizer que era a favor de menos estupros no país, resposta que entra para o anedotário político do país.

Manuela não resistiu a um volume mínimo de contraditório. Tirada da zona de conforto, ficou claramente nervosa, vacilando em longos raciocínios que não levavam a nada. Ao contrário do que tentou propagar, ela não foi vítima de machismo, mas do seu despreparo intelectual, da sua escassez de repertório argumentativo e do seu relativismo moral.

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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