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O Cirinho paz e amor é um factoide desmentido pelos fatos

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PDT anda preocupado com o temperamento de Ciro Gomes. Para tentar amaciar a imagem de seu pré-candidato, o partido lançou uma campanha publicitária na qual o descreve como um “indignado”. É o Cirinho paz e amor. Trata-se um factoide que se desmente pelos fatos. Ciro não para de propiciar provas em contrário, evidenciando que não tem o preparo emocional adequado para comandar o país.

Nesta semana, em sabatina feita pela Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), o pedetista ofendeu um promotor de São Paulo que aceitou abrir contra ele um inquérito por injúria racial. Com aquela eloquência típica de um troglodita diplomado, disparou:

Um promotor aqui de São Paulo resolve me processar por injúria racial. E pronto, um filho da puta desse faz isso. Ele que cuide de gastar o restinho das atribuições dele, porque se eu for Presidente essa mamata vai acabar.”

A injúria racial pela qual Ciro será indiciado se refere a outro episódio recente protagonizado por ele. Em entrevista para a rádio Jovem Pan, chamou o vereador Fernando Holiday, do DEM de São Paulo, de “capitãozinho do mato”.

Uma injuria racial seguida de uma ofensa pessoal. Seria o suficiente para qualquer um que pretenda ocupar o mais alto cargo político do país. Mas não é o caso de Ciro. Em abril, ele também deu um tapa no Youtuber Arthur do Val, editor do canal “Mamãe Falei”, depois de este questioná-lo a respeito de declarações polêmicas que deu sobre Lula e a Lava Jato. Também foi embora de um encontro com prefeitos promovido pela Associação Mineira de Municípios depois de se irritar com o formato do evento.

Não é de hoje que Ciro Gomes se comporta de forma destemperada. Em eleições passadas, se meteu em situações semelhantes, ofendendo eleitores e dando declarações de baixo nível sobre sua ex-mulher. Um festival de boçalidades que o fez perder a possibilidade chegar à Presidência já em 2002, quando disputou com Lula e José Serra. O que se vê agora é apenas um repeteco de sua conduta anterior. 

A indignação é uma característica de quem não se conforma com algo. Ela pode ser exercida, entretanto, com bom senso, ponderação, equilíbrio e temperança. Em suma: indignação não é sinônimo de porra-louquice, como o PDT quer que acreditemos.

Atualização 1: O Ministério Público de São Paulo e a Associação Paulista do Ministério Público publicaram notas de repúdio contra as declarações dadas por Ciro Gomes. “É inaceitável qualquer referência de baixo calão a membro do Ministério Público que atua no exercício constitucional de suas prerrogativas e no estrito cumprimento de seu dever. Da mesma forma, o comportamento do referido ex-minitro ministro atenta não só contra a independência funcional institucional, mas também contra o próprio Estado Democrático de Direito”, afirmou a APMP.

Atualização 2: As notas divulgadas pelo Ministério Público de São Paulo e pela Associação Paulista do Ministério Público informam que a autoria do pedido de abertura de inquérito é de uma promotora. Trata-se de Mariana Bernardes Andrade, da 4ª Promotoria Criminal do Fórum da Barra Funda.

Atualização 3: Em visita a Roraima, ocorrida em 15/09/2018, Ciro Gomes empurrou e xingou um jornalista depois de ser questionado sobre manifestações anteriores que teria feito a respeito das reações de brasileiros ao problema de imigrantes venezuelanos:

Atualização 4: Em ato de campanha no Rio Grande do Norte, ocorrido em 23/09/2018, Ciro Gomes atacou Jair Bolsonaro e disse que o discurso nazista era forte no Sul do Brasil:

https://www.youtube.com/watch?v=nIzqLUb73MQ

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A instabilidade emocional é o custo imediato da democracia

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Dom Beltrand, numa palestra em Caçapava/SP, em 1992, à Fundação Nacional do Tropeirismo, falou de estudos que mostram os efeitos nocivos da democracia para a população têm o mesmo efeito daqueles sobre os filhos que são criados em núcleos familiares instáveis, com brigas, insultos, violência. A alternância democrática, a cada quatro anos, causa feridas que, logo quando sanadas, voltam a se formar.

Quando assisti ao vídeo acima, poucos anos atrás, esse argumento pareceu bastante sensato. Em 2018, por exemplo, quantos foram aqueles que, aos prantos, ficaram horrorizados com a vitória de Bolsonaro: homossexuais diziam que seriam perseguidos, feministas temiam o recrudescimento da violência contra a mulher, corruptos apavorados com presas. Por todos os lados, uma choradeira democrática sem precedentes. Todos esses temores, obviamente, não se confirmaram.

Agora, o cenário é outro. Lula candidato é como aquele sujeito que vai a uma festa somente para importunar aqueles que querem se divertir. Sua presença nas eleições é sinônimo de algazarra. A esquerda gosta dessa bagunça, da agitação, da insegurança, do terror. Lula visita traficantes, justifica pequenos furtos de delinquentes, promete abertamente caçar os seus opositores, se restar vitorioso. A direita e os conservadores que se preparem.

Numa recente entrevista de Leonardo Boff, um esquerdista da velha guarda que se posta como líder espiritual, afirmou com todas as letras que conversa seguidamente com Lula e que o discurso do descondenado é moderado. Sim, “moderado”. Se ele vencer, de acordo com Boff, o bicho vai pegar. Eles falam isso abertamente e muita gente custa acreditar.

A democracia nos custa, a cada dois anos (levando em consideração as eleições municipais), muitas noites de sono. Ponto para Dom Beltrand. Mesmo que Lula perca, a dor de cabeça foi muito grande.

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Eva Lorenzato: “No Brasil e no mundo, as pessoas reconhecem o trabalho do PT”. Tchequinho não poupa

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Já se passou o tempo em que defender ex-presidiários era sinal de imoralidade. Eva Lorenzato é uma amostra destes tempos

Lula esteve na Europa recentemente. A agenda incluiu o presidente da França, Emmanuel Macron, o futuro chanceler alemão Olaf Schulz, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que disputará as eleições presidenciais francesas, o ex-premiê da Espanha José Luís Zapatero e o prêmio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz. Na Espanha,  com o atual premiê espanhol, Pedro Sánchez.

Em Madri, Lula participou na quinta, 18, da abertura de um seminário de cooperação multilateral e recuperação em um cenário pós-Covid-19. Na ocasião, defendeu a quebra de patentes de vacinas para ampliar a igualdade no acesso aos imunizantes.

Em Paris, o ex-presidente foi recebido no Palácio do Eliseu com honras de chefe de Estado por Macron, um desafeto de Bolsonaro. Ao francês, Lula defendeu uma nova governança global e discutiu ameaças à democracia e aos direitos humanos. E por aí vai…

Eva Lorenzato (PT) não perdeu a oportunidade de enaltecer a participação do ex-presidente no cenário europeu. Para ela, o mundo inteiro reconhece o trabalho do Partido dos Trabalhadores e do PT: “Muito orgulho nós temos do estadista que Lula está sendo”. Veja:

Tchequinho (PSC), que não poupa críticas para se referir ao ex-presidente: “Ficou 16 anos saqueando o Brasil, e agora fica dando palestra dizendo que vai resolver os problemas do país”. Veja:

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Candeia critica fala de Toffoli sobre Poder Moderador e semipresidencialismo no Brasil

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Durante o 9.º Fórum Jurídico de Lisboa, o ex-presidente do Supremo afirmou que hoje o Brasil vive um “semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia”. O evento foi organizado pelo supremo magistrado Gilmar Mendes.

Para Candeia, essa afirmação é o mesmo que dizer que houve uma mudança constitucional sem a participação do Congresso Nacional. Veja:

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