O famigerado Fórum Brasileiro de Segurança Pública é bem conhecido da direita brasileira e já defendeu até a desmilitarização da PM.
A violência é um dos maiores problemas brasileiros e está no foco das discussões políticas em nosso país, parte pela evidente tragédia dos mais de 60 mil homicídios ao ano e tantos outros crimes que destroem vidas e patrimônio, todos os dias.
Dentro desse quadro, a violência contra as mulheres é um flagelo com agravante: a abordagem para a resolução do problema é fonte para grupos ideológicos colocarem na mesa todo o tipo de teoria, criando até mesmo a figura do homem, macho e assassino, ensinado a matar mulheres por direito ou participante de uma rica cultura do [insira aqui o seu crime]. Curiosamente, soluções que defendem punição severa (como castração química para estupradores e pedófilos) são rechaçadas por grupos de ideologia igual ou similar.
Uma armadilha surge quando grupos que usam a bandeira do combate à violência contra a mulher usam dados duvidosos para lacrar na mídia. Gatilhos mentais são acionados e milhares de militantes ou “civis” da causa transformam qualquer crítica em defesa da violência contra a mulher. O debate exige paciência e sabedoria, já que a mesma armadilha que está pronta para inverter a sua crítica também faz pessoas com certo conhecimento de política entrarem na onda para agitar bandeiras totalmente alheias a causas que tradicionalmente defendem. Esse é o caso do vereador Betinho Toson (PSD), conhecido por defender ideias mais à direita na tribuna e na própria plataforma, mas que acaba de escorregar no Facebook ao replicar dados do Instituto Maria da Penha (Relógios da Violência) que usam como fonte informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Com um trocadilho derivado do dito popular, a publicação de 8/8/2018 no Facebook tem um imagem com a frase “em briga de marido e mulher se mete a colher sim” e alguns números impactantes, com o tradicional truque temporal da divisão de eventos em um período pela unidade de medida, como “a cada 2 segundos, uma mulher é vítima de violência física ou verbal”. Esta forma de exibir dados é controversa: imaginem que apenas um avião caia no Brasil durante o período de um ano, com 365 passageiros. A estatística seria vendida assim: “No Brasil, uma pessoa sofre um acidente de avião a cada 24 horas”, ao invés de focar no acidente e nas causas, passaríamos quem sabe o ano inteiro com medo de entrar num avião ou condenando todas as aeronaves do país.
Se a forma de exibir é controversa, o próprio dado já é duvidoso. Como definir o que é agressão verbal e como monitorar milhões de mulheres em todo o país? Obviamente, por amostragem. Este dado peculiar é fruto de uma pesquisa Datafolha, encomendada pelo FBSP, e realizada em 130 cidades brasileiras.
Outras grandes fontes de informação sobre violência, FBSP e as questões ideológicas desta guerra cultural no país são Bene Barbosa, o Movimento Viva Brasil e o Procurador carioca Marcelo Rocha Monteiro. Abaixo, um clássico de Monteiro sobre dados de segurança pública, em vídeo no Youtube.
É preciso ter cuidado nas escolhas quando o assunto é comunicação política, especialmente no caso daquelas pessoas com mandato e reconhecida orientação ideológica. Seja de caso pensado, seja deslize da assessoria, a postagem denota erro ou virada de rumo.
A medida estava sendo amplamente criticada pelos setores da sociedade. Na dicotomia “salvar o sistema público de transporte” e “controle dos gastos públicos”, prevaleceu o segundo
A pandemia veio como uma avalanche sobre a economia brasileira. O “fique em casa, a economia a gente vê depois” mostrou ser mais um jargão politiqueiro do que uma solução para a crise que se instalava não só na saúde, como nas finanças como um todo: empresas fechadas, setores com baixa demanda, demissões em massa. Isso sem contar naqueles que, amparados pela força estatal, submeteram empresários a prisões forçadas ou vendo seus negócios lacrados por agentes de saúde. Um fiasco.
Consequentemente, a conta um dia viria. Sobre o setor de transporte público, é evidente que seu uso depende de que o resto esteja em pleno funcionamento. A pandemia diminuiu consideravelmente os números do setor. Com restrições, as pessoas se obrigaram a valer de outras formas de locomoção. Com muitos desempregados, o Uber e outros aplicativos se tornaram opção para muitos. Uma corrida de Uber, em muitos casos, estava “pau a pau” com uma passagem de circular urbano, o que prejudicou ainda mais as finanças de empresas como a Coleurb e a Codepas, de Passo Fundo.
Na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em regime de urgência, de autoria do Poder Executivo Municipal, o PL 107/2022 queria garantir cerca de R$ 8 milhões para as duas empresas municipais. Para uns, a medida não implicava “apoio às empresas”, mas a “salvação do setor público de transporte urbano” – muitos já não caem nessa conversa. Para outros, a pandemia afetou quase que a totalidade dos empresários e setores da economia, sendo injusto o destino de tanto subsídio concentrado em duas empresas. E as demais, como ficam?
Por 11 votos contrários a 9 favoráveis, o subsídio foi reprovado.
Estes três adjetivos deram o tom da entrevista coletiva concedida pelos vereadores da oposição em Passo Fundo, sobre o Projeto de Lei que quer subsidiar a Coleurb e a Codepas
Os vereadores da oposição chamaram a imprensa de Passo Fundo para uma coletiva nesta quarta, 7 de dezembro. A apresentação foi liderada pela vereadora trabalhista Professora Regina, que conduziu com maestria o evento responsável por esclarecer a posição dos oposicionistas sobre o PL 107/2022 e escancarar o amadorismo do Executivo no envio do pobríssimo texto para a casa, em regime de urgência.
Também participaram da coletiva os vereadores Ada Munaretto (PL), Rufa (PP), Ernesto dos Santos (PDT), Eva Valéria Lorenzato (PT), Tchequinho (PSC), Gleison Consalter (PDT), Rodinei Candeia (Republicanos) e Sargento Trindade (PDT).
Existem dois grupos distintos de vereadores contrários ao subsídio entre os oposicionistas: os que não querem dinheiro público na mão de empresas privadas de qualquer maneira e os que não querem liberar os valores sem uma melhor transparência e garantia de contrapartidas, como prestação de contas e manutenção dos empregos. No primeiro grupo, destacam-se Ada, Tchequinho e Candeia.
“Ridículo e horrível” foi a definição dada pelo vereador Gleison Consalter para o projeto, destacando que várias empresas foram afetadas pela pandemia, não apenas as de transporte. “Vergonhoso” ficou a cargo de Tchequinho, que lembrou das dificuldades habitacionais na cidade, como nas ocupações na região do Bourbon, e agora “querem dar dinheiro para a Coleurb”.
Nota-se que o prefeito está queimado com este grupo de vereadores. O chefe do executivo mandou um projeto ruim para a Câmara, o que gerou a elaboração de diversas emendas na casa que agora recebe insinuações de má-vontade, de estar “trancando a pauta” e até usando o caso para objetivos eleitorais de olho em 2024. Insinuações repudiadas com veemência e pronunciamentos inflamados de Ada e Candeia.
Coleurb e Codepas provavelmente receberão este dinheiro, mas não será tão fácil como pretendia a prefeitura e o grupo político que comanda a cidade desde 2013. O povo de Passo Fundo terá que sofrer mais um pouco até o segundo capítulo desta novela, com a licitação do transporte público de fato. Este, só Deus sabe quando sai.
O evento está previsto para o próximo dia 6, às 19h, na sede do Sindicato Rural
Na sua 4ª edição, o evento “O Despertar da Direita” contará com a palestra “Para onde o STF está levando o Brasil“, do vereador Rodinei Candeia (Republicanos), no Sindicato Rural, em Passo Fundo.
A seguir, é possível ver o texto de divulgação pelos organizadores do evento, além de link para inscrição. No card, logo abaixo, é possível visualizar mais informações sobre horário e endereço do local.
A Constituição Federal não foi rasgada.
Foi rasgada, pisada, queimada… E agora está sendo reescrita.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria servir ao povo, revelou-se uma quadrilha que, a cada canetada, coloca mais uma algema nos punhos da população.
Onde isso vai parar? Que Brasil estamos deixando para as próximas gerações?
Após 3 anos em silêncio, O Despertar da Direita está de volta. Para ajudar a lançar luz em um momento tão obscuro, faremos o primeiro de muitos encontros. Neste, teremos uma palestra sobre o tema Para onde o STF está levando o Brasil?, com o convidado Rodinei Candeia.
Sua entrada é 100% gratuita, mas pedimos que confirme sua presença entrando no grupo oficial do evento, tocando no link: